Perfil



Nome: Princesinha
Idade: 25 anos
Moro em: São Paulo

Minha História: Sofri abuso sexual na infância. Durante 14 anos preferi acreditar que esse episódio isolado na minha vida não tinha me afetado em nada, mas isso mudou no final do ano passado, quando me permiti ser levada por Deus a lugares onde ninguém antes havia penetrado, nem eu mesma. Essa tem sido a melhor e mais difícil época da minha vida, por isso quero compartilhar minha história com vocês, a forma como tenho aprendido a lidar com os sentimentos confusos que ficam dentro da gente que sofreu esse tipo de agressão.

TUDO O QUE ESTÁ ESCRITO NESSE BLOG É PARTE DE UM DIÁRIO QUE COMECEI A FAZER EM AGOSTO DE 2004, SEM NEM IMAGINAR QUE UM DIA IRIA PUBLICÁ-LO. ALGUMAS COISAS MUDARAM, ESTOU MELHOR, E POR ISSO DECIDI COMPARTILHAR TUDO O QUE APRENDI NESSE TEMPO QUE TENHO LIDO, PENSADO E CONVERSADO SOBRE O ABUSO SEXUAL. SE VOCÊ DESEJAR AJUDA, ENTRE EM CONTATO.

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7.12.06

Quinta-Feira, 16/09/2004, 00h40

"Famílias em que acontece o abuso são confusas sobre os papéis dos indivíduos. Espera-se que as crianças satisfaçam a necessidade dos pais ao invés do contrário. Os filhos assumem o cuidado com os pais."

=> Percebo claramente como isso é presente na minha família. Papéis de homem x mulher totalmente distorcidos pela sequencia de divórcios na família. O que mais me machuca é a inversão de papéis de mãe e filha. Isso eu creio que teve início muito cedo, eu me sentia (e sinto ainda) responsável pelo bem estar emocional da minha mãe. Com 3 anos eles me perguntaram com quem eu queria morar e não pensei em mim na hora de responder. Fiquei analisando qual deles sofreria mais com a minha ausência. Não sei exatamente como, mas fica claro que a mensagem passada pra mim era de que eu era responsável por eles. Esse é o motivo de várias das minhas crises. Ainda hj me sinto responsável por meus pais. Se saio de casa fico pensando que minha mãe vai sofrer por estar sozinha. Pelo meu pai eu sinto uma certa culpa por nunca ter conseguido dizer que o amo. Eu parecia não me importar, mas na verdade me sentia responsável (e culpada) pelo sofrimento dele por causa da minha ausência. Aliás, com a minha mãe tb é assim, eu me sinto responsável por ela mas não demonstro.

"Famílias em que ocorre o abuso emitem mensagens destrutivas: não pense, não fale, não sinta. Essas crianças são carentes e desesperadas por atenção. Aprenderam como entorpecer os sentimentos e continuar como se nada terrível estivesse acontecendo."

=> Essas mensagens creio que foram passadas para mim de forma subjetiva; por atos, e não por regras declaradas. Minha mãe não falava comigo das coisas difíceis pelas quais estávamos passando, não me ensinava a pensar, a sentir. Ela deveria ter me estimulado a falar sobre a saudade que tinha do meu pai, mas ela nunca me perguntou como eu me sentia. Aprendi a continuar a vida como se nada tivesse acontecendo.


¤ Por: ¤ quinta-feira, dezembro 07, 2006 ¤

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